ORQUESTRA DRAMATICA O BIFE
Breve historial
A Orquestra Dramática o bife foi um projecto iniciado em 1990 por Adelino Tavares (Actor/Autor/Encenador/Performer) com a colaboração de Amália Neves após ter terminado o curso de artes circenses e do espectáculo – CHAPITÔ (1986/1989), focando-se na exploração das potencialidades das artes cénicas e performativas, experimentando linguagens cénicas “híbridas” (imagens, legendas, vídeos, etc..) havendo, assim, uma cumplicidade com artistas de outras áreas." Foi considerado como grupo revelação 1993 nas escolhas de Eugénia Vasquez, crítica do Jornal O Expresso – a Orquestra Dramática “O Bife” distingue-se por uma linguagem cénica parca em palavras, pelos diálogos que raiam o irónico, pelo recurso à projecção de legendas, vinhetas, imagens... Pistas para múltiplas leituras. O trabalho de actor é cru e despojado de grandes artifícios cénicos.
“Com todos estes ingredientes “A Lei dos 3 Tomates”- Graças aos deuses que protegem As Flores do Mal – é um objecto tão raro que o espectador atento não pode deixar de conhecer” Manuel João Gomes - jornal o Publico (ZAP) 1996
Os espaços cénicos foram múltiplos: desde interiores de carros (O meu carro é + dramático que o teu-1992), montras (Bifs Remix 2000) ZDB, rua, espaços não convencionais e outros mais convencionais. É um teatro com fortes cumplicidades com o absurdo, a banda-desenhada, o cinema, o film noir, a literatura e...
A nível temático, a Orquestra opera, desde o início, um trabalho de investigação continuado sobre a incomunicabilidade, a crueldade, a dominação, o mal-estar, numa sociedade que se diz global, comunicante, tolerante e solidária. A utilização do humor é negra, crua e mordaz. É um humor feito a partir das coisas simples, mundanas, e que cruzado com o estudo sobre a violência provoca mais desconforto que gargalhadas (“Buster Keaton meets Natural Born Killers”, sintetizou Rui Zink numa alusão ao trabalho da Orquestra).